Campanha salarial dos frentistas tem 2ª rodada de negociação

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Na 2ª reunião com o MINASPETRO, no dia 26, em BH, o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini; o presidente do SINPOSPETRO-BH, Possidônio Valença; e o advogado Antônio da Silva Prado Júnior. Do outro lado, a comissão negociadora do Sindicato patronal, formada por Guilherme Storino; Maurício Vieira e o advogado Klaiston Soares.

 

O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG e as outras entidades sindicais que representam os demais empregados dos postos de gasolina de Minas Gerais realizaram no dia 26 de janeiro a segunda rodada de negociação com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais – MINASPETRO.

Durante a reunião, na sede da entidade patronal, em Belo Horizonte, os representantes dos trabalhadores e os da classe patronal discutiram exaustivamente a pauta de reivindicações dos frentistas e vários outros assuntos de interesse dos empregados e empregadores dos postos de combustíveis de Minas Gerais. Para evitar aglomeração, por causa da pandemia da Covid-19, a reunião teve a participação de apenas três representantes da classe profissional e três da categoria econômica.

A comissão negociadora do MINASPETRO examinou a pauta de reivindicações dos frentistas e apresentou contrapropostas que foram rejeitadas pela bancada trabalhista. O MINASPETRO apresentou contrapropostas de 3,34% de reajuste salarial; 4,77% de reajuste da cesta básica de alimentos ou vale-alimentação; e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da empresa no valor de R$ 50,00. E tudo a partir de 1º de março de 2021, ou seja, sem efeito retroativo à data-base da categoria, que é 1º de novembro. Para quem não sabe, data-base é a ocasião de reajuste salarial e concessão de outros benefícios aos trabalhadores com a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da classe.

Para o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, as contrapropostas do MINASPETRO apresentadas nas duas rodadas de negociação “não atendem às necessidades dos frentistas e representam mais arrocho, ainda mais quando se fala em excluir o efeito retroativo dos reajustes à data-base da categoria, pois isso é o cúmulo do absurdo e não tem nenhum cabimento”. Em seguida, o sindicalista acrescenta: “Esta é a razão pela qual as contrapropostas patronais foram rejeitadas por todos nós, representantes dos trabalhadores”.

Diante da dificuldade de acordo, as entidades marcaram nova reunião para o dia 9 de fevereiro, novamente na sede da entidade patronal, para prosseguimento das negociações. “Esperamos que no próximo encontro dos Sindicatos a comissão negociadora do MINASPETRO apresente contrapropostas aceitáveis na mesa de negociação coletiva” – afirmou o presidente do SINTRAPOSTO-MG.

Assim, a campanha salarial de 2020 dos empregados dos postos de combustíveis, lojas de conveniência, lava-rápidos, estacionamentos e garagens de Juiz de Fora e Região, assim como do restante do Estado de Minas Gerais, continua indefinida mesmo depois da realização de duas rodadas de negociação. “A campanha salarial da classe ainda não tem definição, e as entidades trabalhistas permanecem firmes na busca por melhorias salariais e melhores condições de vida e de trabalho para todos os frentistas” – afirma Guizellini. Dessa forma, segundo ele, a luta da categoria em decorrência da negociação coletiva referente à data-base de 1º de novembro de 2020 “continua muito ativa”.