Sindicato já inicia campanha salarial dos trabalhadores dos condomínios

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Máximo da Silva, Paulo Maurício, Luiz José da Silva, Paulo César Rodrigues de Moraes e Francisco de Assis dos Santos Passos, diretores do Sindedif-JF, logo após a assembleia dos empregados dos condomínios no dia 14 de outubro.

 

O Sindicato dos Empregados em Edifícios e nas Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de Juiz de Fora – SINDEDIF-JF realizou Assembleia Geral da categoria no dia 14 de outubro, dando início, assim, à campanha salarial da classe, cuja data-base (ocasião de reajuste salarial e renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria) é 1º de janeiro.

Isso significa que o SINDEDIF-JF já começou os preparativos para a luta por novo aumento salarial e outros benefícios para os empregados dos condomínios comerciais (inclusive “shoppings centers”), residenciais e mistos de Juiz de Fora. “Agora, vamos desenvolver a negociação coletiva com o Sindicato patronal para renovação da nossa Convenção, quando então os salários dos trabalhadores representados pelo SINDEDIF-JF serão reajustados” – informou o presidente da entidade, Luiz José da Silva.

Em seguida, o sindicalista acrescentou: “O trabalhador ou a trabalhadora tem que ter consciência de que reajuste salarial não cai do Céu, não. E não é presente ou bondade de nenhum patrão. É conquista do Sindicato”.

Por isso, Luiz ressaltou que “todos os empregados dos condomínios, das administradoras e dos shoppings da Cidade têm o dever de apoiar a direção da entidade nesta hora difícil, quando o Sindicato trabalhista inicia novo processo de negociação com o Sindicato patronal objetivando a obtenção de um bom reajuste salarial e outros novos benefícios para a categoria”.

De acordo com o sindicalista, “os trabalhadores e as trabalhadoras precisam se unir em torno da direção do Sindicato de maneira total e consistente, para o próprio bem deles mesmos, pois só assim a nossa campanha salarial, que está começando agora, poderá ser coroada de pleno êxito. Afinal, só a união faz a força, e é dela que estamos sempre precisando, principalmente durante a nossa campanha salarial”.

Os trabalhadores presentes à assembleia elaboraram, discutiram e aprovaram a pauta de reivindicações a ser negociada com o Sindicato patronal e, atendendo ao apelo de Luiz, manifestaram total apoio à diretoria do Sindicato trabalhista na luta por melhorias salariais e melhores condições de vida e de trabalho para toda a categoria.


 

 

“Piso salarial não cai do Céu e nem é generosidade de patrão, é conquista do Sindicato para os trabalhadores” – diz Luiz

Durante a assembleia, o presidente do SINDEDIF-JF, Luiz José da Silva, lembrou que “os trabalhadores não organizados em Sindicato recebem apenas o salário mínimo vigente no Brasil, hoje fixado em R$ 998,00, enquanto os empregados que têm Sindicato recebem mais do que o salário mínimo, justamente porque têm Sindicato, já que, por terem Sindicato, eles têm direito ao piso salarial da classe, que geralmente é superior ao salário mínimo”.
Para Luiz, “se não existissem outras razões, bastaria este motivo para justificar a utilidade e a importância do Sindicato”.

Segundo o sindicalista, “na verdade, são vários os aspectos que mostram que o Sindicato é muito importante na luta dos trabalhadores por melhorias salariais e por melhores condições de vida e de trabalho, mas não há dúvida de que o mais importante de todos esses aspectos é justamente este: o salário recebido por trabalhadores que têm Sindicato, o qual é sempre superior ao salário mínimo”.

Em seguida, Luiz acrescentou: “No nosso caso, por exemplo, ou melhor, no caso dos funcionários dos condomínios comerciais, o piso salarial da classe é de R$ 1.180,35, sendo, portanto, R$ 182,35 a mais do que o salário mínimo vigente no País. Acontece que em 2014 o Sindicato conseguiu para esses trabalhadores um tíquete-alimentação que atualmente tem o valor mínimo de R$ 130,00. Assim, a remuneração mensal mínima desses trabalhadores, hoje, incluindo o valor do tíquete-alimentação, é de R$ 1.310,35, sendo, portanto, R$ 312,35 a mais do que o salário mínimo”.

O sindicalista fez questão de esclarecer que “o piso salarial não é uma liberalidade ou generosidade de nenhum patrão, mas sim uma conquista do Sindicato trabalhista”.

Conforme Luiz, “se a entidade trabalhista não conseguir, através da luta sindical, melhorias salariais para os seus trabalhadores, os patrões não serão tão bonzinhos a ponto de conceder reajustes salariais a seus empregados de livre e espontânea vontade. Claro que não”.

E o sindicalista acrescenta: “Tanto isso é verdade que eles, patrões, com raríssimas exceções, reajustam os salários de seus funcionários só com base no índice conquistado pelo Sindicato e somente quando a Convenção da entidade determina. Não se tem notícia de nenhum caso em que um empregador tenha aumentado os salários de seus empregados em percentual superior ao índice conquistado pelo Sindicato e antes de a Convenção da entidade determinar o reajustamento dos salários da categoria”.

Luiz explicou que “os Sindicatos trabalhistas, de modo geral, batalham bastante, na mesa de negociação com o Sindicato patronal, para conseguir melhores salários e melhores condições de vida e de trabalho para os seus trabalhadores. E, por fim, após muitas dificuldades, os Sindicatos trabalhistas conquistam, a duras penas e com muita luta, os reajustes salariais tão desejados pelos trabalhadores, que, por estas e outras razões, deveriam demonstrar maior gratidão e dar mais valor às suas entidades sindicais”.