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Devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, que tem registrado diariamente cerca de 70 mil casos da doença infecciosa Covid-19 e mais de dois mil mortos, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, em entrevista ao jornal “O Combate”, voltou a orientar e alertar os empregados e os donos dos postos de combustíveis, afirmando que “é extremamente necessário orientar e alertar novamente todos os frentistas e os donos dos postos para adoção e uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e rígidos protocolos de segurança recomendados pelos órgãos de saúde, como, por exemplo, a utilização constante e correta de máscaras, e a observância de medidas necessárias para conter a transmissão da doença”.
Exemplificando, Guizellini cita “os procedimentos contínuos de higienização das mãos, com a utilização de água e sabão em intervalos regulares, e caso não seja possível a lavagem das mãos, utilizar imediatamente sanitizante adequado para as mãos, como álcool em gel 70%; e sempre evitar tocar a boca, o nariz e o rosto com as mãos”.
O sindicalista recomenda também aos frentistas que “mantenham distância segura entre si e os clientes do posto, considerando as orientações da Organização Mundial de Saúde – OMS e as características do ambiente de trabalho, objetivando garantir a segurança dos funcionários dos postos diante dos altos riscos de contágio a que estão submetidos, haja vista que no Brasil a Covid-19 já contaminou cerca de 20 milhões de pessoas e já matou mais de 500 mil”.
De acordo com Guizellini, “os postos de combustíveis têm de fornecer lavatórios com água corrente, sabonete, papel descartável e álcool em gel 70% ou outros adequados à atividade, a todos os trabalhadores e trabalhadoras, nas dependências da empresa, entre outras medidas necessárias para impedir a transmissão da doença, a fim de oferecer segurança aos frentistas diante dos altos riscos de contaminação a que estão submetidos, assim como seus familiares e toda a população brasileira”.
Segundo o sindicalista, “se algum posto estiver violando as determinações das autoridades, não adotando as medidas necessárias, ele será responsabilizado”.
Guizellini contou que esteve em vários postos de combustíveis em Juiz de Fora e encontrou um posto em que estava faltando álcool em gel: “A minha fala para o gerente do estabelecimento foi que ele colocasse o produto à disposição dos frentistas o mais rápido possível porque, se não, o Sindicato iria tomar as providências cabíveis”.
Salientando que o Sindicato está sempre à disposição da categoria, Guizellini acrescentou: “Caso algum frentista me procure no Sindicato dizendo que contraiu Covid e foi mandado embora, ou mesmo que não tenha sido mandado embora, mas o posto não tiver o aparato de biossegurança recomendado pelas autoridades sanitárias, tomaremos as medidas necessárias”.
Para a formulação de denúncia, a fim de que a entidade possa tomar as providências cabíveis, os empregados representados pelo SINTRAPOSTO-MG podem se dirigir à sede do Sindicato, na Rua Halfeld, 414, sala 609, Centro de Juiz de Fora, ou telefonar (3216-3181 e 3213-7565) ou enviar e-mail para o Sindicato (sintrapostomg@gmail.com), ou se comunicar pelo WhatsApp (9-9817-5252).
“O COMBATE” NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES
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João Medeiros
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* Muitas bandeiras vermelhas nas gigantescas manifestações contra Bolsonaro no dia 19 de junho, quando o Brasil atingiu a chocante e impressionante marca de 500 mil mortos de Covid-19. Bolsonaristas voltaram a criticar as bandeiras vermelhas. Acontece que muitas pessoas, principalmente as mais pobres, acham muito melhor bandeira vermelha nas ruas do que na conta de luz, que já está custando os olhos da cara.
* Ah, por falar em coisa vermelha custando os olhos da cara, e a carne vermelha, heim? Muitas pessoas, principalmente as mais pobres, também estão criticando, mas não a vermelhidão da carne, e sim o seu preço, que, como é do conhecimento de todos, está mais salgado do que a carne preparada por gente que erra a mão no sal.
* Outra coisa que está custando os olhos da cara, como todos sabem, é o gás de cozinha. Cabe lembrar que há cerca de dois anos o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu reduzir pela metade o preço do gás em dois anos, mas o que aconteceu dois anos depois da promessa do ministro foi exatamente o contrário: como o botijão de gás custava na época R$ 70,00, o seu preço deveria diminuir R$ 35,00, mas ele aumentou exatamente R$ 35,00, passando para R$ 105,00 em várias localidades deste País, como Mato Grosso, por exemplo. Assim, o povão está ficando sem gás no sentido figurado e no sentido literal, haja vista que o salário… ó…
* Se já não bastassem tantas crises existentes no Brasil (crise econômica, crise financeira, crise sanitária, crise moral, etc. etc.), ainda vem a tal da crise hídrica infernizar mais ainda a vida do nosso povo. Os especialistas estão dizendo que se trata da pior crise hídrica dos últimos 90 anos. Muitos reservatórios poderão “morrer de sede”. Especialistas lembram o que vem acontecendo com o Brasil na área do meio ambiente: destruição das nossas matas; aumento de 70% na devastação da Amazônia; inúmeras queimadas, etc. etc. Estão destruindo a majestosa e magnífica obra de Deus: a Mãe Natureza. Daí vem a seca… E a falta de chuvas causa tantos transtornos, inclusive a crise de energia que provoca o aumento da conta de luz. Isso faz lembrar uma das famosas músicas do “rei” Roberto Carlos em defesa da Mãe Natureza: “Os campos risonhos um dia tiveram mais flores; os bosques tiveram mais vida e até mais amores; quem briga com a Natureza envenena a própria mesa, contra a força de Deus não existe defesa. O que será o futuro que hoje se faz? A Natureza, as crianças e os animais?”
* “O COMBATE” já está se tornando um “SETENTÃO”. Ele completa no dia 6 de julho 69 anos de tumultuada existência. Sim, são quase sete décadas de lutas, de combates, de trabalhos exaustivos, sempre defendendo o povo, principalmente a tão sofrida classe operária. É o jornal moderno mais antigo de Juiz de Fora.
* E desde abril de 2011, “O Combate” é conectado à Rede Mundial de Computadores em edições on-line que reproduzem as suas edições impressas, além de matérias específicas virtuais e extras destinadas a notícias de urgência, “em cima da hora”, conforme o jargão jornalístico. Assim, O Combate se comunica 24 horas em âmbito mundial.
* Cabe destacar que defender o povo e os trabalhadores era o maior ideal do fundador do “O Combate”, o saudoso jornalista Djalma Medeiros, que faleceu em 29 de janeiro de 1987.
* Apesar de todas as sabotagens, perseguições e violências praticadas contra este jornal pelos inimigos do povo e da classe trabalhadora, por incrível que pareça, já faz 69 anos que “O Combate” vem “combatendo o bom combate”, como dizia o grande apóstolo São Paulo.
JOÃO BATISTA DE MEDEIROS
Advogado e diretor do jornal “O Combate”