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Sindicalista ressalta que “frentistas recebem cesta básica graças à luta do Sindicato não só na mesa de negociaçãocomo também na Justiça”
Jornal “O Combate” de outubro de 2009 mostra que o Sindicato teve que suscitar dissídio coletivo na Justiça na luta pela conquista de cesta básica de alimentos para os empregados dos postos de combustíveis de Juiz de Fora e Região.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, afirmou que “há direitos trabalhistas que não estão previstos em lei, mas são usufruídos por trabalhadores porque foram conquistados pelo Sindicato da categoria”. Exemplificando, o sindicalista cita o caso da cesta básica de alimentos, conquistada pelo Sindicato no dia 11 de fevereiro de 2010. “Muitos trabalhadores ainda não têm esse benefício, mas os empregados dos postos de combustíveis recebem cesta básica de alimentos há 15 anos porque o Sindicato da categoria conseguiu para eles esse direito, e não foi através só da mesa de negociação, mas sim através também da Justiça do Trabalho, pois o SINTRAPOSTO-MG teve que suscitar dissídio coletivo no TRT – Tribunal Regional do Trabalho – da 3ª Região, sediado em Belo Horizonte, contra o Sindicato patronal, objetivando conseguir a concessão, pela classe patronal, de cesta básica de alimentos para os empregados dos postos de combustíveis de Juiz de Fora e da Região” – ressalta Guizellini.
Mostrando um exemplar do jornal “O Combate” de outubro de 2009, Guizellini relembrou que na época o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais – MINASPETRO concedeu cesta básica de alimentos aos empregados dos postos de combustíveis de Belo Horizonte e Região a partir de julho de 2009 e excluiu os trabalhadores que integravam a mesma categoria em Juiz de Fora e Região. “Consideramos uma discriminação injusta e absurda a atitude do Sindicato patronal de excluir inúmeros trabalhadores da mesma categoria no interior de Minas Gerais, porque esses trabalhadores discriminados e excluídos também proporcionavam e sempre proporcionaram lucros fabulosos aos seus patrões, derramando diariamente o seu suor nos postos de combustíveis de Juiz de Fora e Região, razão pela qual eles também mereciam e merecem receber o mesmo benefício, da mesma forma que os seus colegas da Capital mineira e Região”.
No dia 11 de fevereiro de 2010, aconteceu no Ministério do Trabalho e Emprego, em Juiz de Fora, a quinta e última rodada de negociações entre o SINTRAPOSTO e o MINASPETRO, objetivando a celebração do 1º Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho de 2008/2010. Nessa reunião, após quase quatro horas de negociações, o SINTRAPOSTO conseguiu, enfim, uma proposta capaz de fechar acordo para celebrar com o Sindicato patronal o referido Adendo. Assim, com acordo fechado na mesa de negociação no Ministério do Trabalho e Emprego, em Juiz de Fora, os dois Sindicatos homologaram acordo referente à cesta básica no Tribunal, onde o SINTRAPOSTO havia suscitado dissídio contra o MINASPETRO pleiteando a concessão de cesta básica (ou vale-alimentação)pelos postos de combustíveis de Juiz de Fora e Região para os trabalhadores do setor.
Luta sindical agora é para conquistar tíquete-refeição
Guizellini relembra com orgulho essa batalha: “Foi uma luta muito difícil, mas relembrar isso me deixa um pouco orgulhoso porque, no final, após marchas e contramarchas, conseguimos uma grande vitória, e hoje os nossos frentistas estão recebendo esse benefício, que não é bondade de patrão nenhum e sim conquista do Sindicato após muita luta, sendo que a entidade patronal havia negado o benefício para os frentistas de Juiz de Fora e Região em duas reuniões no Ministério do Trabalho e Emprego em Belo Horizonte ” – disse o sindicalista. Mas ele assinala que “a luta continua, porque agora estamos lutando para que os frentistas de Minas Gerais recebam tíquete-refeição”.
Guizellini ressalta, entretanto, que “os frentistas e as frentistas precisam entender que a nossa luta não é só nossa, ou seja, não é só da diretoria do Sindicato, mas sim de toda a categoria, de todas as pessoas que trabalham nos postos de combustíveis deste Estado, pois todas elas serão beneficiadas quando conseguirmos mais essa vitória”.
E o sindicalista enfatiza que conta com o apoio de todos os trabalhadores representados pelo SINTRAPOSTO-MG na luta por melhorias salariais e melhores condições de vida e de trabalho para toda a classe. “Só a união faz a força e é dela que estamos sempre precisando, principalmente nesta hora difícil de negociação coletiva, quando o apoio dos trabalhadores à nossa luta é extremamente necessário para que possamos ter mais força na mesa de negociação. Os trabalhadores, portanto, precisam ir mais ao Sindicato, participar mais ativamente e apoiar mais essa luta, que, vale repetir sempre, não é só nossa, mas deles também, pois só o apoio maciço dos trabalhadores à diretoria do Sindicato é capaz de fortalecer a campanha salarial dessa tão importante classe profissional” – assinalou o sindicalista.
Conforme “O Combate” já noticiou, continua indefinida a campanha salarial da categoria, cuja data-base é 1º de novembro. As entidades sindicais já realizaram quatro rodadas de negociação objetivando a celebração de Termo Aditivo à atual Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, mas como a dificuldade de acordo continua prevalecendo, foi agendado novo encontro para o dia 6 de fevereiro.
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