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Olho vivo, companheiro! Cuidado para não ser enganado por patrões espertalhões.

Notícias divulgadas recentemente pela imprensa local dão conta de que condomínios de Juiz de Fora voltaram a ser alvo de bandidos.
Várias ocorrências de assaltos a condomínios foram registradas pela Polícia Militar em março, ocasião em que o jornal “Tribuna de Minas” publicou reportagem sobre o assunto com a seguinte chamada de primeira página: “Condomínios estão na mira de ladrões”. Preocupado com isso, o presidente do SINDEDIF-JF (Sindicato dos Empregados em Edifícios e nas Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de Juiz de Fora), Luiz José da Silva, informou que a entidade trabalhista já está se movimentando no sentido de que sejam tomadas providências urgentes para combater e conter esses roubos.
O sindicalista quer que sejam adotadas medidas preventivas de segurança contra esses crimes que estão a ameaçar a integridade física e psicológica de inúmeras pessoas. “Além dos condôminos, os empregados de condomínios também estão correndo riscos, pois, trabalhando na portaria do prédio, geralmente são eles as primeiras pessoas a ser dominadas pelos larápios” – explica o presidente do Sindicato. Tendo em vista que muitos desses roubos são praticados por bandidos de moto que se valem do capacete para esconder o rosto, dificultando assim a sua identificação, Luiz acha que uma boa medida preventiva seria a proibição do uso de capacetes nos condomínios.
Como já existe em tramitação na Câmara Municipal de Juiz de Fora o Projeto de Lei nº 157/2010, de autoria do vereador Noraldino Júnior (PSC), que proíbe a entrada ou a permanência de pessoas utilizando capacete ou qualquer objeto similar que dificulte ou impeça, parcial ou totalmente, a identificação facial em estabelecimentos comerciais, agências bancárias, casas lotéricas e postos de combustíveis quando o condutor não estiver em trânsito, Luiz pretende conseguir junto ao Legislativo Municipal a inclusão dos condomínios nessa proibição.
Além disso, o SINDEDIF-JF está estudando outras medidas preventivas e a adoção de uma estratégia de ação destinada a levar à tomada de providências urgentes pelos condomínios e pelas autoridades responsáveis pela segurança pública a fim de combater e inibir esses crimes e proteger os condôminos e os empregados dos condomínios.
TURISMÓLOGOS EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO
Na década de 70 foi instituído o curso de Turismo em nível superior e os profissionais da área, qualificados de Turismólogos, ou seja, tecnólogos com atuação naquele setor.
Sendo uma novidade, o mercado de trabalho não absorveu as levas de turismólogos que saíam das faculdades tal qual fornadas de pão. Muitos desistiram do exercício profissional, outros se submeteram a desvios de função e mais outros usaram o diploma para matricular-se em cursos diversos.
Diante desse quadro negativo, algumas faculdades de turismo encerraram suas atividades ou cancelaram seus cursos.
Na época, em vez de lutar pelo mercado de trabalho esclarecendo os fatos, os turismólogos foram incitados a uma ingrata campanha para regulamentar a profissão, supondo que isso abriria as portas para o almejado emprego. Mais uma decepção: nos projetos de lei enviados ao Congresso, foram enxertados parágrafos outorgando o direito de ser turismólogos àqueles que exerciam funções análogas há mais de cinco anos. Então, outra frente de luta: pela regulamentação e contra o enxerto.
Com o passar do tempo e o desenvolvimento da indústria nacional do turismo, os turismólogos começaram a ser contratados, embora esporadicamente, por estabelecimentos hoteleiros, prefeituras e empresas do ramo. O clamor pela regulamentação profissional arrefeceu-se, enquanto os projetos jazem nas prateleiras do Congresso.
Hoje, a fim de tratar corretamente dos interesses da categoria, surgiu em Belo Horizonte o IBT – Instituto Brasileiro de Turismólogos – que procurou o Ministério do Trabalho e Emprego solicitando sua filiação à C.B.O. – Classificação Brasileira de Ocupações, um órgão de relevância nas Políticas Públicas do MTE, sobretudo no que concerne aos programas de qualificação e intermediação de obra, bem como no controle de sua implementação.
Relembra-se que outro órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego é o Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT – que atua também na área de capacitação profissional.
Dessa forma, se estabelece a base do tripé IBT – MTE – FAT – apta a proporcionar a abertura do mercado de trabalho para os Turismólogos.
São óbvias as estratificações decorrentes desse esquema de apoio ao turismo brasileiro, sendo de se esperar que o Ministério do Trabalho e Emprego defira a solicitação do Instituto Brasileiro de Turismólogos.
Em relação à C.B.O. – www.mtecbo.gov.br – dissemos o seguinte em nosso livro “Consultoria em Turismo – noções elementares”: “Do texto frio e meramente indicativo de determinações funcionais inseridas em volumoso livro, nem sempre compulsado por quem de direito, ou até mesmo dormitando em solitários escaninhos, emergem os atos competentes do trabalhador, evidenciando suas atribuições mensuradas por técnicos e juristas de Direito do Trabalho que elaboram a C.B.O. Classificação Brasileira de Ocupações”.
Entidade que é um orgulho para o Brasil e que em boa hora abrigará mais uma categoria: os Turismólogos.