Manchetes das notícias Setembro/2018

| Primeira página |

 

Veja a relação dos deputados e senadores de MG que votaram a favor da “reforma trabalhista”

| Página 4 |

 

 


Enfim, termina a campanha salarial dos frentistas de 2017. E já começa a de 2018

O presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini (da direita para a esquerda, o 3º), e o advogado João Batista de Medeiros (o 1º), integrante do Departamento Jurídico da entidade, participando da 3ª audiência de conciliação da negociação coletiva dos frentistas, no Edifício-Anexo II do TRT-MG, em BH, no dia 3 de setembro. Na cabeceira da mesa, o Juiz Antônio Vasconcelos; à sua esquerda, o Procurador Arlélio Lage, do Ministério Público do Trabalho de BH.

Demorou muito, mas, enfim, terminou a campanha salarial de 2017 dos frentistas de Minas Gerais. Dez meses após a data-base da categoria (1º de novembro), os representantes dos empregados dos postos de combustíveis deste Estado finalmente conseguiram fechar a negociação com o Sindicato patronal para celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

E o Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG já realizou Assembleia Geral Extraordinária no dia 12 de setembro, dando início, assim, à campanha salarial de 2018.

| Página 2 |

 


Campanha salarial dos frentistas

INDIGNAÇÃO DO JUIZ MEDIADOR GERA GRANDE TENSÃO NO INÍCIO DA 3ª AUDIÊNCIA NO TRT-MG

| Página 3 |

 


O Brasil, os políticos, o militarismo e a corrupção

Quem conhece a História do Brasil sabe que a corrupção neste País não começou, como algumas pessoas costumam dizer, com integrantes do PT – Partido dos Trabalhadores. Ela mora aqui já há séculos. Talvez tenha começado quando Cabral descobriu o Brasil (vale lembrar que, não faz muito tempo, Cabral, ex-governador do RJ, também foi descoberto… na prática de corrupção). Os portugueses ofereciam aos índios espelhos e outras coisas para eles traírem suas tribos.

  • Leia artigo de JOÃO BATISTA DE MEDEIROS, Advogado e diretor do jornal “O Combate”, na página 3 

 


Sindicato conquista aumento salarial e outros benefícios para os trabalhadores das imobiliárias e administradoras de condomínios

| Página 4 |

 


“O CIDADÃO DE BEM e a BALA PERDIDA”

Armar o cidadão de bem, como resposta à violência, é o argumento mais falacioso, mais inescrupuloso, que já ouvi a respeito do assunto. No ano passado, o Brasil registrou 59.103 mortes por crimes violentos letais e intencionais (CVLI). Na guerra da Síria, de 2017 a maio deste ano, portanto cinco meses a mais, morreram 43 mil pessoas. Estamos em guerra, estamos em guerra!

Daí, uma mente iluminada propõe como solução: mudar a legislação para armar o “cidadão de bem”. A primeira pergunta: quem é o cidadão de bem? Quem decide, ou escolhe, ou elege o “cidadão de bem”? Obviamente, interesses políticos e comerciais norteiam o engodo de que armar as pessoas diminuirá o número de mortes.

Quantos policiais têm perdido suas armas e, muitas vezes, suas vidas, pela ação de marginais? Ora, somente sendo muito estúpido para acreditar que o “cidadão de bem” estará preparado para esse enfrentamento. Armas matam, então, quanto mais armas mais mortes.

O discurso em defesa da “tese” é de que haverá treinamento, teste psicológico, para que as pessoas estejam aptas a andar armadas. Ora, se treinamento e teste psicológico garantissem o uso correto das armas, não teríamos policiais mortos e policiais presos, como temos. Por falar em Policiais – uma categoria tão abandonada, tão desvalorizada, na qual deságuam os problemas que o poder público não deu solução, como se ela pudesse solucionar – vai ter seu trabalho multiplicado e dificultado. Além de mais gente armada, para fiscalizar, terá que possuir uma bola de cristal para distinguir, em segundos, o infrator do “cidadão de bem”. E, não se enganem, se errarem e confrontarem o “cidadão de bem”, adivinhem para que lado a “corda” vai arrebentar…

Arma é para a Polícia! Para os cidadãos, uma polícia bem formada, bem paga, bem fiscalizada para protegê-lo. QUANTO MENOS ARMA, MENOS VIOLÊNCIA!

O aspecto decisivo nesses embates cotidianos, envolvendo armas de fogo, é o fator surpresa. Esse é determinante! O infrator sempre busca o “alvo” mais fácil, distraído. Isso significa dizer que o “cidadão de bem” tem que estar atento o tempo todo, sem direito à distração, à diversão e à descontração. Assim é o dia-a-dia de um policial, nas ruas. Por mais treinado que seja o profissional, isso gera tensão. Tensão essa, que pode levar a falhas, como o caso do policial que, recentemente, matou um trabalhador, porque confundiu um guarda-chuva com um fuzil. Imaginem o grau de estresse de um Policial, mal pago, morando em locais dominados pelo crime, não podendo sair de casa fardado, deixando sua mulher e filhos à mercê da sorte. Não! Não aumentem seus problemas. Os erros com armas de fogo, não são os mesmos cometidos nas provas de matemática, os erros com armas de fogo são fatais.

O outro discurso: “Vejam, não defendemos o porte de arma e sim, a posse, que é o direito de ter uma arma dentro de casa, não podendo transportá-la”. Muito bem, agora é diferente! Afinal, uma das qualidades do nosso povo é o cumprimento das leis. Comparemos, com uma arma legalizada e também letal, os veículos automotivos: quarenta e sete mil mortes por ano e quatrocentas mil pessoas com algum tipo de seqüela. Ops! Ultrapassamos a Síria, mais uma vez. Vivemos duas guerras! Alguém acredita, que pessoas que dirigem sem habilitação, com licenciamento vencido, embriagadas, vão deixar suas armas em casa, por não possuírem porte? Isso sem falar nos acidentes domésticos, na maioria das vezes, envolvendo crianças.

Hoje, o reduto de paz e segurança do “cidadão de bem”, são os condomínios fechados, murados, com vigilância eletrônica. Imaginemos cada casa com pelo menos uma arma. Lembremos da impaciência com som alto, animais soltos, veículos mal estacionados, que geram os pequenos conflitos nos espaços comuns. Juntemos à bebida do fim de semana e a alguns temperamentos mais violentos. Hum! Perigo à vista.

Daí, o cotidiano das favelas, que se tornou o trivial, o banal – uma mãe negra, com seu filho morto por bala perdida, nos braços (para alguns, menos um marginal no futuro) – transforma-se no extraordinário: a favela é um condomínio de luxo e a mãe, uma senhora de classe média alta. E o assassino? O “cidadão de bem”!

Que horror! Inacreditável! Que absurdo!

Pois é, “a felicidade não tem cor”, a tristeza, também não. Na tragédia, nos igualamos.

Então, cidadãos e cidadãs, refletir é de graça. Remediar tem preço. E, às vezes, não é possível remediar.

Armas matam! Bom senso, não!

Precisamos de menos armas, de menos mortes, de mais amor e tolerância!

VIVAM e DEIXEM VIVER!

Luís Fernando Silveira de Almeida – Coronel da Reserva da PM e Cidadão, apenas cidadão