“Trabalhador precisa buscar orientação do Sindicato antes de ser lesado” – alerta Guizellini

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Em entrevista ao jornal “O Combate”, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, disse que “os trabalhadores precisam buscar orientações do Sindicato antes de serem lesados ou prejudicados por patrões inescrupulosos”.

     Segundo o sindicalista, “às vezes, um trabalhador ou uma trabalhadora leva ao Sindicato determinados problemas que poderiam ter sido evitados ou resolvidos no momento oportuno, mas que, com o passar do tempo, foram fulminados pela prescrição, que é a perda do direito de reclamar”.

     Por isso, Guizellini ressalta que há necessidade de os trabalhadores estarem sempre antenados com o Sindicato, buscando orientações e informações sobre seus direitos e acompanhando constantemente o trabalho da entidade na defesa dos interesses da categoria. “É lógico que nós nunca deixamos nem vamos deixar de ajudar o trabalhador a resolver seus problemas trabalhistas, mas é muito importante que o trabalhador busque orientação do Sindicato antes de ser prejudicado, pois um ditado antigo diz que prevenir é melhor do que remediar. Então, o trabalhador, antes de pedir demissão no emprego, antes de assinar acordo com o patrão, mudar de função, diminuir ou aumentar a carga horária de trabalho, etc., deve primeiro se dirigir ao Sindicato, para ser esclarecido, informado e conscientizado sobre seus direitos, e, assim, poder evitar tomar algum prejuízo” – aconselha o sindicalista.

     Para Guizellini, “o trabalhador precisa estar ligado ao Sindicato em todos os momentos, mas principalmente quando é demitido ou pede demissão, pois no momento do acerto rescisório ele corre o risco de ser prejudicado por algum empregador inescrupuloso, já que não é mais obrigatória a assistência do Sindicato ou do Ministério do Trabalho para homologação de rescisão de contrato de trabalho”. Logo em seguida, o sindicalista ressalvou: “Mas temos que reconhecer que tal abuso, quando acontece, é exceção, e não regra, pois a maioria dos postos de gasolina da Cidade e da Região, pelo que sabemos, não costuma praticar tal absurdo”.

Segundo Guizellini, “é importante que quando for feita rescisão de contrato de trabalho, o trabalhador se informe bastante no Sindicato, inclusive pedindo que seja conferido o cálculo das verbas rescisórias feito pela empresa, a fim de evitar sofrer prejuízos, pois um pouco de cautela não faz mal a ninguém”.

De acordo com Guizellini, “o trabalhador deve sempre procurar orientação no Sindicato, para o próprio bem dele mesmo, pois assim ele conhecerá melhor seus direitos e saberá se defender melhor”.

Segundo Guizellini, “os trabalhadores devem também acompanhar sempre a atuação do Sindicato, para o próprio bem deles mesmos, pois fazendo isso, os trabalhadores ficam a par de seus direitos e das novidades, bem como das melhorias que o Sindicato frequentemente conquista para os integrantes da categoria profissional representada pela entidade”.

Os trabalhadores podem acompanhar a atuação do Sindicato lendo os jornais e boletins que a entidade sempre distribui para eles, acessando o site do jornal “O Combate” (www.ocombate.com.br) e o blog do SINTRAPOSTO-MG (sintrapostomg.blogspot.com), telefonando (3216-3181 e 3213-7565) ou enviando mensagens por e-mail ou WhatsApp (sintrapostomg@gmail.com e WhatsApp 9-9817-5252) para o Sindicato, ou indo à sede da entidade, na Rua Halfeld, nº 414, sala 609, no Centro de Juiz de Fora.

 

 

 

* Foi empunhando a bandeira de “resgatar a esperança” do Brasil que o sr. Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez. Em seu plano de governo consta o compromisso de “transformar um país devastado por um processo de destruição que nos trouxe de volta a fome, o desemprego, a inflação, o endividamento e o desalento das famílias”. O principal compromisso de Lula, segundo ele, é “implantar políticas públicas para socorrer a população mais vulnerável, sobretudo para combater a fome que hoje aterroriza 33 milhões de pessoas no Brasil”. Além disso, ele se propõe a liderar a reconciliação do País. “Vou governar para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único povo” – disse Lula na noite de 30 de outubro logo após derrotar o presidente Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), único a fracassar ao tentar se reeleger presidente.

* Convidado pelo presidente do Egito, Lula viajou para aquele país, onde participou da COP 27, a conferência sobre as mudanças climáticas. Esteve também em Portugal, sendo recebido pelo presidente Marcelo Rebelo de Souza e pelo primeiro ministro Antônio Costa. Vale lembrar que Juscelino Kubitschek, eleito presidente em 1955 ao obter 35,68% dos votos, enquanto o segundo colocado, general Juarez Távora, ficou com 30,27%, também viajou para vários países antes de tomar posse. A UDN, partido de Távora, tentou impugnar o resultado da eleição alegando que JK não obteve maioria absoluta dos votos, mas a posse de JK foi garantida por um levante militar comandado pelo general Henrique Teixeira Lott, que em 11 de novembro de 1955 depôs o então presidente interino da República, Carlos Luz, da UDN, porque se suspeitava de que ele não daria posse a JK. Assumiu a presidência da República o presidente do Senado, Nereu Ramos, do PSD, mesmo partido de JK. O levante militar liderado pelo general Lott foi legalista, ou seja, destinado a garantir a posse do presidente eleito. Hoje, milhares de bolsonaristas radicais estão bloqueando rodovias e se aglomerando em portas de quartéis pedindo levante militar para impedir a posse do presidente eleito. Ora, Lula obteve maioria absoluta (50,9%) dos votos e as nossas Forças Armadas são legalistas. Ah, tal qual aconteceu com Lula, JK também foi acusado pela oposição de ser aliado dos comunistas. Inclusive, quando JK esteve nos Estados Unidos na série de visitas a outros países antes da posse, os empresários norte-americanos não lhe deram atenção por causa dessa acusação da oposição. Mas a verdade é que JK e Lula nunca foram comunistas.

* Excelente a entrevista do economista Raul Velloso, um dos maiores especialistas em contas públicas do Brasil, na revista Veja de 23/11/2022. Ele afirma que o teto de gastos, centro das discussões sobre a disciplina fiscal do novo governo de Lula, “nasceu morto”. Criado no governo de Michel Temer, em 2016, o então presidente sempre furou o teto de gastos. Bolsonaro também furou quatro vezes o teto de gastos, numa soma de R$ 794,9 bilhões. Então, o tal teto de gastos é como Papai Noel: todo mundo fala nele, mas ele mesmo não existe, nunca existiu.

JOÃO BATISTA DE MEDEIROS
Advogado e diretor do jornal “O Combate”