Frentistas protestam contra arrocho salarial

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O vice-presidente do SINTRAPOSTO-MG, Rômulo Garbero, fazendo trabalho de base em um posto de combustíveis.

O presidente e o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, respectivamente Paulo Guizellini e Rômulo Garbero, estiveram em vários postos de gasolina localizados na base territorial do Sindicato.

O objetivo da visitação às bases foi o de informar pessoalmente aos frentistas o andamento da campanha salarial da categoria e também orientá-los acerca de seus direitos trabalhistas.

Distribuindo um boletim da entidade e exemplares do jornal “O Combate”, contendo notícias de interesse dos frentistas, os dirigentes sindicais conversaram com muitos empregados de postos de combustíveis (todos, tanto os sindicalistas quanto os frentistas, usando máscaras) sobre a constante luta da entidade por melhorias salariais e melhores condições de trabalho para a classe. No boletim havia uma matéria intitulada “Sindicato patronal quer acabar com direitos que conquistamos com muita luta. E ainda quer mais arrocho salarial!” Na matéria, o SINTRAPOSTO-MG protesta contra atitudes do MINASPETRO (Sindicato patronal) adotadas durante a negociação coletiva com as entidades sindicais que representam os frentistas de Minas Gerais.

Os dirigentes do Sindicato fizeram um trabalho de orientação e esclarecimento aos frentistas, colocando-os a par de seus direitos, dissipando suas dúvidas e lhes informando sobre as negociações realizadas com o MINASPETRO no sentido de conseguir reajuste salarial, PLR (Participação nos Lucros e Resultados da empresa), cesta básica de alimentos e outros benefícios para a categoria.

Guizellini informou que durante o trabalho de base do Sindicato “muitos frentistas protestaram veementemente contra o arrocho salarial imposto à categoria pelo Sindicato patronal”.

Guizellini ressaltou que a revolta da categoria é muito grande: “Em quase todos os postos visitados pelo Sindicato, os trabalhadores se mostraram muito revoltados com o arrocho salarial causado pelos donos de postos de gasolina, sendo que em um desses estabelecimentos uma frentista, cujo nome não pode ser revelado para evitar que ela seja perseguida, chegou a dizer que gostaria muito que algum dono de posto fosse a um supermercado com R$ 134,67 (valor atual da cesta básica que os postos fornecem a seus empregados) para comprar os 12 itens de alimentos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria”. Ainda de acordo com o sindicalista, a trabalhadora afirmou que “seria melhor se a cesta básica fosse fornecida em produtos, com o posto entregando a seu funcionário os 30 quilos dos 12 itens de alimentos”.

Após trocar ideias com os trabalhadores, esclarecer suas dúvidas e ouvir suas reivindicações, bem como “fazer coro com suas revoltas, protestos e indignações causadas pelas atitudes da classe patronal contra os trabalhadores”, Guizellini se mostrou muito satisfeito com a disposição da categoria em apoiar a luta do Sindicato. “Esse trabalho de constante visitação às bases, levando a direção da entidade a manter contato pessoal, direto e permanente com os trabalhadores, é muito importante para nós e para eles também, pois propicia um entrosamento cada vez maior entre a direção do Sindicato e a categoria” – disse o sindicalista.

Em seguida, ele acrescentou: “Já que muitos trabalhadores não podem ir ao Sindicato, a entidade vai até o local de serviço desses trabalhadores, levando informações e orientações e buscando a união de todos em torno de um objetivo comum: a conquista de mais benefícios para toda a nossa laboriosa classe profissional”.


Guizellini: “Que o Sindicato patronal apresente proposta que seja capaz de acabar com essa longa indefinição da campanha salarial dos frentistas”

Palavras do presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, logo após a Auditora Fiscal do Ministério do Trabalho, Alessandra Parreiras, ter agendado para o dia 9 de março, às 15h30, novo encontro virtual entre as entidades sindicais que representam os frentistas de Minas Gerais e o MINASPETRO (ver matéria na página 2): “Esperamos que o Sindicato patronal não se recuse a participar dessa reunião e apresente uma nova proposta que seja pelo menos capaz de acabar com essa longa indefinição da nossa campanha salarial, levando as entidades sindicais ao fechamento de acordo para celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e proporcionando, assim, melhorias salariais, outros benefícios e melhores condições de vida e de trabalho para todos os empregados dos postos de gasolina de Minas Gerais”.


“O COMBATE” NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES

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