“Sendo altamente inflamável, combustível poderia causar tragédia com explosão e incêndio” – alerta sindicalista

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Além de apontar a questão da saúde do povo como fator que desaconselha a implantação do autoabastecimento nos postos de combustíveis porque a gasolina possui benzeno, que é uma substância altamente tóxica e cancerígena (ver matéria na página 2), o presidente do SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, destaca também o fato de o combustível ser altamente inflamável, podendo causar explosão e incêndio: “Como a gasolina é um produto muito perigoso, os frentistas possuem conhecimento adequado acerca do produto manuseado e estão preparados para trabalhar com segurança. Já as pessoas que buscam abastecimento de seus veículos nos postos de combustíveis desconhecem as necessárias e imprescindíveis normas e regras de segurança que são exigidas no âmbito desses estabelecimentos, estando, portanto, despreparadas para o manuseio da bomba, razão pela qual o ‘self-service’ deixaria essas pessoas expostas a situação de alto risco”. Em seguida, o sindicalista alerta: “Poderia acontecer, por exemplo, até mesmo uma tragédia quando alguma pessoa incauta ou desavisada, talvez fumante, ao manejar a bomba para o abastecimento de seu veículo, contaminasse o ambiente com uma faísca ou brasa de cigarro”.

Guizellini lembra que “devido ao grande perigo representado pelos combustíveis, foram estabelecidos requisitos especiais de segurança para atividades em que haja manuseio e manipulação desses agentes químicos, sendo que os frentistas até recebem em suas remunerações mensais o adicional de periculosidade pelo exercício de atividades perigosas, o que não deixa dúvida de que o autoabastecimento nos postos de combustíveis colocaria em alto risco a vida e a saúde da população”.

Por essas e outras razões, o SINTRAPOSTO-MG, além de enviar ofício a todos os deputados federais e senadores pedindo a cada um deles para votar contra a proposta de implantação do autoabastecimento nos postos de combustíveis, publicou um boletim destinado aos frentistas informando sobre a atuação do Sindicato na luta contra a proposta de implantação do “self-service”, que, no dizer de Guizellini, “representa também uma grande ameaça de desemprego em massa para toda a categoria dos frentistas”. No informativo, o Sindicato conclama toda a classe profissional a apoiar a luta da entidade.

 

 


“Self-service” causaria mais desemprego em massa, jogando “no olho da rua” mais de 500 mil frentistas

Segundo Paulo Guizellini, “dados da Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo – FENEPOSPETRO mostram que tal ‘self-service’ causaria mais desemprego em massa no Brasil, jogando ‘no olho da rua’ mais de 500 mil frentistas e, assim, fazendo aumentar ainda mais o já calamitoso número de desempregados no nosso País”.

O presidente do SINTRAPOSTO-MG considera “desumano e cruel demais acabar com esses milhares de empregos e, dessa forma, jogar na miséria todos esses trabalhadores e seus familiares, principalmente nesta hora terrível em que a pandemia da doença infecciosa (COVID 19) do novo coronavírus assola horrendamente o nosso Brasil”.

Finalizando, Guizellini ressalta que “não é justo que, a pretexto de se buscar redução de preços dos combustíveis através da diminuição dos custos de operação dos postos, os frentistas venham a ‘pagar o pato’ sendo lançados no ‘olho da rua’ e engrossando as fileiras do exército de desempregados que já atinge quase o número alarmante e aterrorizante de 15 milhões de trabalhadores, mesmo porque certamente não será assim que se conseguirá a diminuição dos preços dos combustíveis, pois existem vários fatores que determinam a elevação dos preços desses produtos, tais como a política governamental, a política de preços da Petrobras, o preço do barril de petróleo no mercado internacional, o câmbio (valor do dólar), a incidência de impostos, etc., etc.”.

 

 


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