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Tendo em vista que postos de gasolina em Juiz de Fora voltaram a ser alvos de ladrões recentemente, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Juiz de Fora e Região – SINTRAPOSTO-MG, Paulo Guizellini, voltou a alertar os frentistas a não reagirem a assalto e nem perseguirem bandido. “Os frentistas não devem reagir quando forem abordados por ladrões, pois a reação a assalto é sempre muito perigosa. Além disso, os frentistas não podem e não devem perseguir e nem identificar bandido. Isso também é muito perigoso e não faz parte das funções do frentista, sendo função somente da Polícia, que é preparada e treinada para tanto. Vale lembrar que a orientação da Polícia Militar é exatamente esta” – salienta o sindicalista.
Guizellini afirmou que “qualquer funcionário de posto que for assaltado deve imediatamente chamar a Polícia para registrar a ocorrência e, posteriormente, comunicar o fato ao SINTRAPOSTO-MG, podendo fazê-lo pelos telefones (32) 3216-3181 e 3213-7565, pelo e-mail sintrapostomg@gmail.com ou pelo WhatsApp 9-9817-5252, para que a entidade possa tomar as providências cabíveis”.
De acordo com o sindicalista, se as câmeras não estiverem ligadas ou funcionando a contento e o local de trabalho não apresentar iluminação adequada, o posto de gasolina poderá ser responsabilizado pela negligência da empresa em providenciar a segurança do trabalhador em seu local de serviço. “Os dispositivos de segurança são importantes tanto para a proteção da integridade física dos trabalhadores como também para a proteção do patrimônio da empresa. Por isso, o próprio empresário do setor tem que ter interesse nesta questão” – frisou Guizellini.
Ele informou que em caso de assalto a posto de combustíveis, havendo agressões físicas ou transtornos psíquicos ao trabalhador assaltado, e ficando comprovado o nexo causal (relação entre causa e efeito), o Departamento Jurídico do Sindicato vai acionar a empresa na Justiça. “Esses casos são considerados acidentes de trabalho, sendo obrigatória a emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), e podem gerar o pagamento de indenizações pela empresa ao trabalhador assaltado” – explicou Guizellini.
Segundo ele, o Departamento Jurídico do SINTRAPOSTO está à disposição dos trabalhadores de Juiz de Fora e da Região que tenham sido vítimas de assalto nos postos de gasolina em que trabalham ou trabalhavam. “Caso algum frentista da nossa Região tenha sido assaltado durante o seu trabalho, ele pode se dirigir ao Sindicato, na Rua Halfeld, nº 414, sala 609, Centro de Juiz de Fora, para ajuizamento de ação destinada a pleitear indenizações por danos morais e materiais” – assinalou Guizellini.
O COMBATE “SETENTÃO”
“O COMBATE” já é um “SETENTÃO”. Ele completa no dia 6 de julho 70 anos de tumultuada existência. Sim, são sete décadas de lutas, de combates, de trabalhos exaustivos, sempre defendendo o povo, principalmente a tão sofrida classe operária. É o jornal moderno mais antigo de Juiz de Fora.
Cabe destacar que defender o povo e os trabalhadores era o maior ideal do fundador do “O Combate”, o combativo jornalista Djalma Medeiros, que faleceu em 29 de janeiro de 1987.
Apesar de todas as sabotagens, perseguições e violências praticadas contra este jornal pelos inimigos do povo e da classe trabalhadora, por incrível que pareça, já faz 70 anos que “O Combate” vem “combatendo o bom combate”, como dizia o grande apóstolo São Paulo.
No dia 6 de julho de 1952 circulava a primeira edição deste jornal. Com um programa de lutas, “O Combate” se propunha a defender a classe trabalhadora e a combater os inimigos do povo e dos trabalhadores. Nascia, então, um jornal DO TRABALHADOR PARA O TRABALHADOR.
“O Combate” travou e continua travando grandes batalhas contra a corrupção, as bandalheiras, a covardia, a opressão, a espoliação e principalmente a exploração do suor dos pobres trabalhadores.
A luta de Djalma Medeiros na defesa dos trabalhadores era muito parecida com a luta que seu filho João Batista de Medeiros, continuador da sua obra, vem travando em prol dos trabalhadores desde 1985, quando assumiu a direção deste jornal. Uma diferença é que a luta de João Medeiros acontece também nos Tribunais da Justiça do Trabalho, já que ele é Advogado Trabalhista.
Por defender com unhas e dentes o nosso povo e principalmente os trabalhadores, “O Combate” já sofreu toda sorte de perseguição e violência. Em 1965, para citar apenas um exemplo dentre tantos, este jornal foi fechado à força pela violência covarde de algumas autoridades canalhas que se aproveitaram do regime de exceção implantado neste País pelo golpe militar de 1964.
Diversos canalhas poderosos já haviam tentado várias vezes calar a voz combativa deste jornal através da Justiça, ou seja, dentro da Lei, mas nunca conseguiram lograr êxito porque “O Combate” sempre defendeu A JUSTIÇA, A VERDADE E O DIREITO, combatendo somente os que pisoteiam esses princípios basilares de nossa conduta.
No regime revolucionário, porém, finalmente os canalhas conseguiram, usando e abusando do DIREITO DA FORÇA, o que eles jamais haviam conseguido pela FORÇA DO DIREITO.
Mas felizmente conseguimos superar todos os obstáculos, sacudindo a poeira e dando volta por cima. “O Combate” está aí, firme e forte, chegando aos 70 anos, graças a Deus. E os canalhas que nos perseguiram, onde estão? Deus o sabe.
Em 2015, quando “O Combate” estava prestes a completar 63 anos de existência, o saudoso jornalista Miguel Ribeiro Gomide, que faleceu no dia 25 de março de 2016, aos 88 anos, e durante muitos anos foi colunista deste jornal, escreveu: “Parabéns ao seu Diretor-Redator-Presidente, Dr. João Batista de Medeiros, conceituado Advogado e continuador desta meritória obra de comunicação social legada por seu pai, o saudoso e dinâmico jornalista Djalma Medeiros. Comprovando assertivas, hoje o fundador deste jornal empresta seu nome a uma artéria no bairro Barbosa Lage: a Avenida Jornalista Djalma Medeiros, lateral a uma bonita praça onde se encontra a igreja de Nossa Senhora de Fátima. Djalma Medeiros foi um altruísta abnegado a demonstrar diuturnamente seu ideal de viver para ser útil a seus semelhantes, através de seu mister jornalístico. Sempre dedicou sua causa aos trabalhadores através das colunas deste jornal. Repetidas vezes transformava-se em procurador de partes, acompanhando os trâmites de representações nas repartições competentes. Foi, também, pioneiro do turismo social no Brasil, promovendo sucessivas excursões ferroviárias gratuitas para os trabalhadores, em diversos roteiros nacionais, pela extinta Estrada de Ferro Central do Brasil”. Gomide conheceu bem Djalma Medeiros.
Com uma linha editorial pautada na VERDADE e na FRANQUEZA, este jornal comenta os fatos sempre com clareza e coragem, falando o que realmente o povo quer falar, mostrando a verdade nua e crua, sem reserva, sem máscara e sem rodeios.
Assim tem sido o comportamento do “O Combate” ao longo de toda a sua tumultuada existência. Este jornal jamais recorreu aos descaminhos da omissão, do alheamento e da acomodação. “O Combate” sempre emitiu a sua opinião com franqueza, coragem e bravura cívica, sem temer covardes retaliações ou gestos de intimidação.
E assim “O Combate” dirigido por João Medeiros continuará a sua luta. Sempre pronto para o que der e vier. Seguindo o exemplo legado pelo bravo jornalista Djalma Medeiros, cujo ideal havemos de levar avante, com fé em Deus e muita coragem. Custe o que custar. E doa em quem doer.
A REDAÇÃO